O cooperativismo, como modelo de negócio, oferece uma alternativa única e colaborativa, que beneficia seus associados e o desenvolvimento da comunidade em que atua. 

De acordo com a lei 12.690 de 2012, as cooperativas são definidas da seguinte forma: “a sociedade constituída por trabalhadores para o exercício de suas atividades laborativas ou profissionais com proveito comum, autonomia e autogestão para obterem melhor qualificação, renda, situação socioeconômica e condições gerais de trabalho”.

No entanto, nos últimos anos, surgiram empreendimentos que se apresentam como cooperativas, explorando trabalhadores e distorcendo os princípios desse movimento.

Estas falsas cooperativas prejudicam tanto seus membros quanto o mercado, gerando desconfiança e descredibilizando os princípios do cooperativismo legítimo. 

O que define as falsas cooperativas?

As falsas cooperativas utilizam a estrutura legal de uma cooperativa para esconder relações de trabalho exploradoras ou apenas para evitar encargos trabalhistas.

Essas fraudes funcionam igual a uma empresa de intermediação de mão de obra. Assim, em vez de promoverem o bem-estar e o desenvolvimento dos associados, buscam maximizar o lucro para uma minoria, prejudicando o trabalhador e a imagem do cooperativismo.

Impacto negativo das falsas cooperativas no setor

As falsas cooperativas representam um problema sério para o mercado, tanto na forma como operam quanto em seu impacto na reputação do setor cooperativo. 

Quando trabalhadores e consumidores encontram falsas cooperativas, a confiança no setor é minada. Esse fenômeno cria um estigma, no qual até mesmo as cooperativas legítimas passam a ser vistas com desconfiança.

Características comuns

Identificar uma falsa cooperativa pode ser desafiador, mas existem alguns sinais que ajudam a diferenciá-las das verdadeiras. Confira abaixo algumas características comuns:

Falta de transparência 

As falsas cooperativas geralmente operam sem transparência e sem prestar contas aos associados. Eles têm pouco ou nenhum acesso à informação financeira, decisões estratégicas ou sobre o destino dos recursos.

Ausência de participação dos membros 

Em uma cooperativa legítima, cada membro tem voz nas decisões e participa ativamente da gestão. Já nas falsas, as decisões são concentradas em um grupo restrito, sem a participação real dos associados.

Inexistência de retorno econômico justo 

Em uma cooperativa verdadeira, os associados recebem sobras de forma proporcional à sua participação. Nas falsas cooperativas, os membros geralmente não têm acesso aos resultados, e muitas vezes são pagos por produtividade, como funcionários terceirizados, sem benefícios ou proteções trabalhistas.

Falta de compromisso com o desenvolvimento comunitário 

O verdadeiro cooperativismo está enraizado na ideia de contribuir para o desenvolvimento do ecossistema do setor em que atuam. As falsas cooperativas ignoram esse princípio, priorizando apenas os interesses de um pequeno grupo de gestores ou investidores.

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Como combater as falsas cooperativas?

A presença de falsas cooperativas representa um desafio constante para o setor. Contudo, algumas práticas podem ajudar a combater a formação desses empreendimentos desonestos e fortalecer o cooperativismo legítimo. Veja algumas sugestões:

Educação cooperativista

É essencial investir na educação cooperativista, buscando informações em instituições confiáveis como a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Isso evita que membros sejam enganados por falsas promessas.

Auditorias regulares

Realizar auditorias periódicas ajuda a garantir que a cooperativa esteja operando de forma ética e de acordo com os princípios cooperativistas. Essas auditorias permitem verificar se os associados têm voz nas decisões e se estão sendo devidamente beneficiados.

Regulamentação e fiscalização adequadas

O governo e as entidades do setor cooperativista devem trabalhar juntos para aprimorar as regulamentações, de modo a dificultar o funcionamento de falsas cooperativas. É necessário fortalecer as leis e criar mecanismos de fiscalização para assegurar que cooperativas sejam realmente administradas em benefício dos associados.

Fortalecimento do associativismo 

Incentivar o engajamento dos membros e promover a união entre as cooperativas legítimas é uma medida importante para manter o movimento saudável e prevenir práticas fraudulentas. Quando os associados participam ativamente, as chances de surgirem falsas cooperativas diminuem.

Coopersap: um modelo de confiança no cooperativismo

Enquanto falsas cooperativas distorcem os valores do movimento, a Coopersap se destaca como um exemplo de transparência, propósito real e compromisso com seus cooperados e o setor como um todo. 

A Coopersap segue rigorosamente os princípios cooperativistas, promovendo a gestão democrática e garantindo que cada associado tenha voz ativa nas decisões e acesso a uma justa distribuição dos resultados adquiridos.

Com exemplos como a Coopersap, podemos fortalecer o movimento e construir um futuro mais justo e colaborativo. Investir em educação, regulamentação e engajamento é o caminho para assegurar que o cooperativismo continue a ser uma força transformadora para a sociedade.

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