Customização de ERP pode ser uma decisão delicada se tratando de projeto de gestão empresarial. No caso do SAP, embora o sistema seja flexível e configurável, cada modificação fora do padrão traz impactos técnicos e estratégicos que podem durar anos.
Uma customização SAP pode gerar um diferencial que garanta produtividade e aderência às operações da empresa, ou a origem de gargalos, retrabalhos e dificuldades futuras de manutenção.
Saber quando vale a pena customizar e quando é melhor permanecer no padrão é essencial para quem busca equilíbrio entre inovação e estabilidade. E é exatamente isso o que você irá ler neste conteúdo.
Vamos conferir!
Por que customizar o SAP?
Como, provavelmente, você já sabe, customizações em SAP são justificadas quando há uma necessidade que o sistema padrão não cobre de forma eficiente. Elas costumam ser aplicadas em situações como:
- Processos de negócio específicos, com fluxos próprios que não se encaixam nos módulos padrão.
- Requisitos legais ou fiscais particulares, como regras estaduais, cálculos diferenciados de impostos ou relatórios exigidos por órgãos reguladores.
- Integrações com sistemas externos ou legados, quando é preciso garantir troca de informações com aplicações fora do ambiente SAP.
- Automação de tarefas críticas, que reduzem esforço manual e aumentam a confiabilidade de dados.
Quando bem planejadas, essas intervenções tornam o sistema mais aderente à realidade da empresa e aumentam a eficiência operacional.
O problema, contudo, começa quando a customização é usada como atalho para resolver falhas de processo ou decisões mal estruturadas.
Quando customizações viram armadilhas operacionais
A busca por personalização pode se transformar em um fardo técnico se não houver critério. Alguns sinais de que a customização deixou de ser uma solução e virou um problema:
Manutenção complexa e dependência técnica
Cada modificação precisa ser testada, documentada e revisada a cada atualização do sistema. Sem governança, o SAP se torna dependente de pessoas específicas, aumentando o risco de paradas e inconsistências.
Dificuldade em aplicar upgrades e atualizações
A cada nova versão do SAP, o esforço de compatibilizar customizações aumenta. Projetos de migração, como a transição para o S/4HANA, podem se tornar mais caros e demorados por causa de customizações antigas e pouco estruturadas.
Desalinhamento com o núcleo do sistema (Clean Core)
Quanto mais o código padrão é alterado, mais o sistema se afasta das boas práticas da SAP. Isso compromete desempenho, suporte e compatibilidade futura. Manter um “núcleo limpo”, conceito conhecido como SAP Clean Core, é essencial para garantir longevidade e evolução estável.
Risco de perda de performance
Códigos customizados podem gerar lentidão, travamentos e consumo excessivo de recursos, especialmente se não forem otimizados ou revisados periodicamente.
Custos ocultos e baixa governança
A ausência de controle sobre solicitações de customização aumenta o retrabalho e a dificuldade de priorização, elevando o custo total de propriedade (TCO) do sistema.
Critérios para decidir entre customizar ou usar o padrão
Antes de aprovar qualquer customização, é fundamental avaliar o impacto de longo prazo. Algumas boas práticas ajudam a tomar decisões mais assertivas:
- Analisar impacto técnico e funcional. Verifique como a mudança afetará módulos, fluxos de dados e integrações. Uma análise de impacto bem conduzida evita problemas futuros.
- Priorizar soluções padrão sempre que possível. O SAP evolui constantemente, e muitas funcionalidades antes personalizadas hoje já existem no core ou podem ser implementadas via SAP BTP (Business Technology Platform).
- Documentar todas as customizações. Registrar o motivo, o autor e o funcionamento de cada ajuste garantem rastreabilidade e facilita futuras manutenções.
- Revisar customizações antigas. Periodicamente, é importante avaliar se determinadas modificações ainda fazem sentido para o negócio.
- Adotar governança de mudanças. Estabelecer aprovação técnica e funcional antes de qualquer desenvolvimento customizado mantém o controle e reduz riscos.
Como a Coopersap ajuda empresas a equilibrar inovação e sustentabilidade
A Coopersap atua de forma eficiente e precisa para garantir que as decisões sobre customizações sejam tomadas com base técnica e estratégica.
Em vez de apenas desenvolver, a equipe analisa o real valor de cada personalização e o impacto sobre a arquitetura do sistema.
Entre as práticas adotadas estão:
- Avaliação técnica detalhada, identificando se a necessidade pode ser atendida por uma configuração padrão ou se requer desenvolvimento.
- Projetos com transparência total, evitando custos imprevisíveis e retrabalhos.
- Acompanhamento do time BASIS e funcional, garantindo performance, conformidade e estabilidade.
- Planejamento de longo prazo, considerando o peso técnico das customizações para futuras migrações, inclusive para o S/4HANA.
Essa abordagem reduz riscos e assegura que cada alteração feita no SAP traga ganho real de eficiência sem comprometer o futuro do ambiente.
Migração para a nuvem: o passo técnico que prepara o terreno para o futuro
Ao discutir a sustentabilidade das customizações, é importante considerar também a infraestrutura que as suporta. Uma possibilidade, por exemplo, é migrar o SAP ECC para a nuvem da SAP, sem converter para o S/4HANA neste momento.
Essa estratégia, conduzida pela equipe SAP BASIS, transfere o ambiente existente para uma estrutura em nuvem, preservando todas as configurações e customizações atuais, mas ganhando robustez, escalabilidade e estabilidade operacional.
Para quem possui alto volume de desenvolvimentos Z ou integrações complexas, essa migração técnica é uma maneira de reduzir riscos de performance e infraestrutura, mantendo o ambiente mais preparado para uma futura conversão ao S/4HANA.
A Coopersap realiza essa transição com foco técnico e clareza de processo, avaliando impactos de compatibilidade, ajustando configurações e garantindo que customizações críticas continuem performando adequadamente na nova infraestrutura.
Customizações em SAP, logo, são ferramentas poderosas quando utilizadas com propósito e planejamento. Elas podem otimizar processos, adaptar fluxos e criar vantagens competitivas.
Mas a chave está no equilíbrio: personalizar o que é estratégico e padronizar o que é estrutural. Com experiência e governança sólida, é possível manter o SAP ágil, seguro e sustentável.
A Coopersap atua exatamente nesse ponto, ajudando empresas a inovar com responsabilidade, garantindo que cada decisão técnica contribua para um ambiente SAP mais eficiente, estável e preparado para o futuro.